A hipertrofia é considerada uma resposta fisiológica muito complexa, que envolve uma série de cascatas hormonais e enzimáticas no organismo. O crescimento muscular necessita que os estímulos anabólicos (treinamento, dieta, suplementação, etc) superem os efeitos catabólicos, que causam degradação muscular.
O álcool bloqueia tanto as cascatas enzimáticas quanto os estímulos hormonais
que resultam na hipertrofia, ou seja, as bebidas atrapalham e muito o ganho de massa muscular.
Conheça alguns efeitos negativos:
- A síntese proteica (processo onde os aminoácidos são unidos para formar proteínas), é reduzida em torno de 30 e 60% quando as concentrações de álcool no sangue estão entre 0,2 e 0,55%.
- O treino estimula as vias metabólicas da hipertrofia, porém quando se ingere álcool estas vias são bloqueadas
- O cortisol (hormônio catabólico) é aumentado
- A produção de testosterona e GH são diminuídas, sendo estes os principais hormônios anabólicos. Isso se inicia quando o consumo é superior a 1,5 g/kg de peso corporal, ou seja, um indivíduo de 70 kg atingirá essa meta com 5-6 copos de cerveja ou 160 ml de vodka.
- As fibras musculares do tipo II “força” são as mais afetadas pelo álcool
- A glicose produzida pelo fígado é uma das principais fontes de energia para a recuperação muscular e essa produção é reduzida com o álcool
- É considerado “engordativo”, pois contém 7 calorias por grama, ficando atras apenas da gordura com 9 calorias por grama. Atrapalha também o ciclo de Krebs, o qual tem papel importante na queima de gordura.
- Inibe uma das principais vias enzimáticas da hipertrofia (mTOR), mais precisamente sobre a enzima S6K.
Portanto, conclui-se que o álcool causa realmente um efeito deletério nos seus ganhos musculares. Busque consumir com moderação ou se possível elimine-o do seu cardápio. Lembre-se, quem busca um corpo atlético com pouca gordura e mais músculos precisa abrir mão de certos hábitos.
Fonte: Diário Fitnnes.
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