Não foi tarefa fácil acostumar meu paladar aos sucos verdes. Hoje, ciente dos benefícios e mais acostumada ao gosto dos alimentos “de verdade”, os sucos fazem parte da minha rotina. Se você tem dificuldade em comer frutas e verduras, os sucos podem ser uma saída.
Aí você decide testar e se depara com inúmeras receitas e modos diferentes preparar. E vem a dúvida: qual é a melhor? Essa foi justamente a pergunta que uma leitora me fez. Ela notou que muitas receitinhas usavam espinafre ao invés de couve e me perguntou qual era a melhor opção.
Como a ocasião faz o ladrão, quer dizer, a blogueira, corri para pesquisar as propriedades das 4 folhas que uso nos meus sucos.
Agrião, Espinafre, Rúcula e a Couve – em sua forma mais conhecida aqui em casa: o gelinho!
Começamos pela nossa queridinha:
A COUVE:
Verdura indispensável na culinária brasileira, a couve é barata e cheia de propriedades bacanas. Você já sabe: vitaminas e sais minerais. E tem mais: a couve é composta por substâncias que têm ação desintoxicante e que fortalecem o sistema imunológico, chamadas de glicosinolatos. Repete comigo? GLICO-SINO-LATOS.
Mas o destaque fica por conta da sua influência na saúde dos ossos. Alguns especialistas apelidaram a couve de “leite verde”. Bizarro, eu sei! Isso se deve ao fato de que a couve possui dois ingredientes essenciais para a formação dos ossos: o cálcio e o magnésio. O leite da vaca, por exemplo, tem nove vezes menos magnésio e três vezes mais cálcio do que o corpo necessita. Mas cálcio não é bom para os ossos?? Sim, é! O problema é que o cálcio em excesso rouba magnésio do organismo. E onde está a maior parte do magnésio? Dentro dos ossos!!! Ou seja, ao invés de combater a osteoporose, cálcio demais poderia até causá-la! Na couve essa proporção é exata.
Por fim, a couve é riquíssima em vitamina A: 100 gramas de folhas fornecem cerca de 512% da recomendação diária. Alimentos ricos nesta vitamina são conhecidos por oferecer proteção contra câncer de pulmão e da boca. A vitamina A ainda é fundamental para uma pele saudável e é essencial para a visão. Pele mais bonita é um dos primeiros efeitos que você começa a perceber, depois que o suco de couve entra na sua rotina. Experimente!
A RÚCULA:
Rumores dão conta de que os antigos romanos usavam a rúcula numa mistura afrodisíaca que lhes garantiria… digamos… mais potência. Lenda ou não, a rúcula é uma excelente fonte de energia. Contém pouquíssimas calorias e ao mesmo tempo é rica em fibras e minerais, além de vitaminas A, C, K e P.
Muitos especialistas acreditam que o benefício mais importante da rúcula é o de melhorar a qualidade do sangue. A vitamina K é essencial para uma coagulação adequada. Além disso, a planta é rica em ferro – que auxilia na produção das células vermelhas do sangue, e em potássio – que contribui para a regularização dos níveis da pressão arterial.
O AGRIÃO
já foi – e ainda é – usado como um medicamento contra tosse, bronquites e outras doenças pulmonares (alô, Melagrião!) e também como uma especiaria, por seu sabor um tanto quanto picante.
O agrião é mais rico em ferro do que a couve e o espinafre, e os talos são fontes de iodo. Mas não é só isso! Outra característica dessa planta é presença de caroteno. O agrião só perde para a cenoura em concentração de caroteno.Essa substância antioxidante é conhecida como provitamina A, pois ela se transforma em retinol – a forma natural da vitamina A – em nosso corpo.
Destaque ainda para a vitamina C. O agrião fresco tem mais ácido ascórbico do que algumas das frutas e legumes. Cerca de 100 gramas de folhas, correspondem a 72% da recomendação diária de vitamina C. Estudos sugerem que o consumo regular pode prevenir a deficiência de ferro e também aumentar a imunidade. O agrião ainda é depurativo e diurético.
Mas atenção, gravidinhas: O agrião tem efeito abortivo e deve ser evitado durante a gravidez! Fale com seu médico e nutricionista para maiores esclarecimentos. E quem tem problemas na tireoide também deve procurar recomendações de um especialista.
O ESPINAFRE:
Uma vírgula mal colocada pelo Dr. Emil von Wolf e o espinafre entrou para o rol da fama como um dos alimentos mais ricos em ferro da natureza. A verdade só seria descoberta sessenta anos depois, mas reputação já estava feita. Ele é a verdura mais utilizada nos Estados Unidos e, por isso, quando você procurar receitinhas de suco verde gringas, a maioria vai utilizar esse vegetal.
O espinafre contem mais proteínas do que a maioria das verduras e suas folhas são ricas em vitaminais e minerais, como:
Vitamina A, vitamina C e folato. O folato desempenha uma função importante para a saúde do coração, uma vez que ele ajuda a converter a homocisteína em uma substância inofensiva para o nosso organismo. A homocisteína é um aminoácido que, estando em níveis muitos altos no sangue, pode causar ataque cardíaco ou derrame.
Potássio. Uma xícara de espinafre cozido fornece quase duas vezes mais potássio do que uma banana pequena.
Luteína e Quercitina. Dois poderosos antioxidantes que contribuem para uma visão e pele saudáveis.
O espinafre também é uma boa fonte de ferro – mineral essencial para as células vermelhas do sangue. Vale lembrar que o ferro de origem vegetal não é tão facilmente absorvido como o das carnes. Para melhor absorção, coma espinafre com alimentos que contêm grandes quantidades de vitamina C, como laranja ou tomate.
Apesar disso, o espinafre pode causar alguns efeitos colaterais quando consumido em excesso.
O espinafre apresenta altas doses de ácido oxálico, uma substância que pode se ligar com ferro e cálcio e diminuir a absorção destes nutrientes. O ácido oxálico do espinafre também pode fazer com que os níveis de oxalato de cálcio na urina aumentem, promovendo o aparecimento de pedras nos rins. Se você é propenso a pedras nos rins, converse com seu médico sobre o consumo de espinafre.
Para os demais que – assim como eu – não tem esse problema, o consumo é liberado, afinal esse vegetal fornece uma variedade de nutrientes benéficos. A grande sacada é VARIAR no uso das verduras. Você está de dieta, mas não está condenada a comer – pelo resto da vida – somente um tipo de folha. Experimente e veja com qual seu paladar se acostuma melhor!
Fonte : Santa Dieta
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