Ele está presente em massas como o pão, o macarrão, o bolo e a bolacha, mas não é um carboidrato, e sim uma proteína. Na verdade, um conjunto delas. O glúten é a combinação de dois grupos de proteínas: a gliadina e a glutenina, encontradas dentro de grãos de trigo, cevada e centeio – mais precisamente no endosperma, a reserva nutritiva do embrião da planta.
Quando adicionamos água à farinha de trigo, de cevada ou de centeio e começamos a misturar essa massa, a gliadina e a glutenina, antes dispersas no endosperma, finalmente se encontram e fazem pontes entre si. É assim que se forma o glúten, que tem a função de deixar a massa mais elástica para ser trabalhada e, ao mesmo tempo, resistente para não arrebentar quando esticada, como acontece com o pão e o macarrão.
Outra função importante do glúten é ajudar no crescimento do bolo e do pão. Quando sovamos o pão, por exemplo, o glúten se desenvolve e forma uma rede protetora que não deixa o gás carbônico formado durante a fermentação escapar. É esse gás, retido no interior da massa, que faz o pão crescer – no bolo, o processo é semelhante. Também é o glúten que dá uma textura macia ao bolo, à pizza e ao macarrão e faz com que sejam, como o pão, alimentos bem fáceis de mastigar.
O que é glúten?
O glúten é um tipo de proteína presente em alguns cereais, como o trigo, o centeio, o malte e a cevada. A substância não foi criada em laboratórios ou adicionada a esses alimentos, mas faz parte da estrutura natural deles.
Quando absorvido pelo organismo, essa proteína é quebrada em aminoácidos e usada para o ganho de massa magra, como outras fontes de proteínas.
Quais alimentos possuem glúten?
Todo alimento produzido com o uso de farinha de trigo, cevada, malte ou centeio, incluindo bolos, biscoitos, pães, torradas, massa de pizza, macarrão e cerveja.
O glúten faz mal para a saúde?
Algumas pessoas quando ingerem glúten sofrem reações adversas e isso desencadeia um processo inflamatório no intestino, que acaba danificando as vilosidades intestinais e prejudicando a absorção de nutrientes. Essas reações podem ser de várias formas, como males intestinais, reações na derme e muitas outras, como confusão mental e depressão.
Existem 3 tipos de categorias para quem sofre com o glúten: o intolerante (ou sensível), o celíaco e o alérgico. A intolerância, ou sensibilidade ao à proteína é identificada quando há a má digestão do glúten, desencadeando problemas intestinais, mas sem uma resposta autoimune do organismo. Já a doença celíaca e a alergia, são diagnosticadas quando percebe-se que após a ingestão do glúten há uma reação do sistema imunológico.
A doença celíaca afeta cerca de 1% da população mundial, mas alguns cientistas acreditam que até 5% da população pode ter uma sensibilidade maior ao glúten, mesmo sem apresentar a doença celíaca, embora isso ainda não esteja muito bem definido.
Como descobrir se eu tenho a doença celíaca?
Se você apresenta sintomas intestinais constantes que ainda não foram explicados, é recomendado procurar um médico e iniciar uma investigação. A doença celíaca pode ser uma possibilidade, mas existem diversas outras doenças que provocam diarreia e dor abdominal e só o médico será capaz de diferenciá-las.
Geralmente, para fechar o diagnóstico de doença celíaca, é necessário encontrar anticorpos típicos da doença do sangue, realizar uma biópsia do intestino e obter uma melhora dos sintomas com a eliminação dos alimentos com glúten da dieta.
É verdade que glúten engorda?
Não exatamente. O consumo de glúten em si não pode ser culpado pelo excesso de peso, mas, como essa substância costuma estar presente em alimentos ricos em carboidratos e calorias, como pão, bolo, macarrão e cerveja, a eliminação dos alimentos ricos em glúten da dieta costuma gerar perda de peso.
Nem sempre isso é verdade, já que outros alimentos calóricos, como a mandioca, o açúcar e as carnes vermelhas, que são livres da proteína, também podem provocar ganho de peso. Assim, o segredo para perder peso está relacionado à quantidade de calorias na dieta e não com a presença ou ausência do glúten.
Devo retirar o glúten da minha dieta?
Para celíacos e intolerantes é obrigatório eliminar o glúten da dieta. Um pouquinho dele já faz com quem essas pessoas sintam desconfortos e tenham reações negativas no organismo. Recentes estudos também sugerem que retirar a proteína é um bom caminho para quem possui doenças autoimunes como fibromialgia, tireoidite de Hashimoto, síndrome de Sjögren, lúpus e artrite reumatóide. A proteína do glúten acaba danificando também o intestino dessas pessoas e criando uma reação onde o sistema imunológico ataca o próprio corpo, por isso o tratamento alimentar eliminando o glúten da dieta nesses casos tem se mostrado de grande efeito na melhora dos sintomas das doenças.
Não tem nenhum dessas doenças mas quer cortar o glúten? Não existe nenhuma nenhuma indicação para cortá-lo sendo que você não sofre reações, mas muitas pessoas sentiram melhora no dia-a-dia após eliminarem a proteína da dieta.
Fonte: OneMark
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